Em 8 de dezembro de 2019, o Cruzeiro selou uma das páginas mais difíceis de sua história: o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. A derrota foi uma consequência de uma série de fatores que afetaram o clube ao longo de toda a temporada, que culminaram no descenso após 98 anos de presença ininterrupta na elite do futebol brasileiro.
O rebaixamento foi umas das maiores vergonha do Cabuloso em um ano turbulento. Desde a gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá, que deixou o clube com uma situação financeira comprometida, até a perda de peças-chave do elenco, o Cruzeiro enfrentou uma sequência de resultados negativos.
A equipe, que ainda possuía grandes jogadores, não conseguiu reverter os maus desempenhos em campo. A gestão do técnico Mano Menezes não foi suficiente para impedir a queda, e o time acabou terminando a competição na 17ª posição, com 36 pontos, apenas um à frente do Z-4.
Além do rebaixamento, o Cruzeiro também enfrentava uma crise financeira que afetou o planejamento para os anos seguintes. O clube começou 2020 com sérias dificuldades, enfrentando problemas como dívidas enormes e um elenco que não apresentava o desempenho esperado. A pandemia de COVID-19 ainda agravou a situação, com a paralisação das competições e a queda de receitas. Para piorar, o Cruzeiro iniciou a Série B com seis pontos negativos devido a pendências financeiras não resolvidas.
Esse cenário levou à contratação de Luiz Felipe Scolari, um treinador experiente, para tentar tirar o time da zona de rebaixamento. Embora o time não tenha alcançado o acesso na temporada, o trabalho de Felipão foi fundamental para evitar um rebaixamento ainda mais grave, com a equipe terminando a Série B em 11º lugar.
O rebaixamento para a Série B foi um marco negativo na história recente do Cruzeiro, mas também foi o começo de um longo processo de reestruturação. O clube, que enfrentava uma crise profunda, começou a buscar alternativas para se recuperar, e em 2022 finalmente conquistou o acesso à primeira divisão.
